Mulher trans ou travesti: Qual a diferença?

  • 28/04/2024
(Foto: Reprodução)
Dois termos se referem a identidades femininas. Diferença, diz especialista, 'é que travesti tem uma carga política muito grande, uma identidade essencialmente latino americana, associada à resistência'; g1 explica. Mulher trans carregando uma bandeira da comunidade transexual. Glauber Tiriyó/GEA Você já se perguntou qual a diferença entre uma mulher trans e uma travesti❓ O g1 explica. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp Uma mulher trans ou uma travesti é uma pessoa que não se identifica com o gênero masculino atribuído a ela quando nasceu. A psicóloga Helena Liesang, que trabalha em um ambulatório especializado em atender pessoas trans, diz que as duas identidades andam juntas. "As duas são identidades femininas, mas a diferença é que travesti tem uma carga política muito grande, uma identidade essencialmente latino americana, associada à resistência, a uma questão de marcar quem você é, sem estar pautada na cisgneridade", diz Helena Liesegang. De onde surgiu o termo travesti? As primeiras travestis surgiram na América Latina e, historicamente, o termo era usado para definir um "homem disfarçado". O termo acabou sendo popularizado na Itália, na expressão Lui é travestido (ele está disfarçado). Mais tarde, o termo acabou sendo usado de forma estereotipada para definir mulheres trans. Só recentemente o termo foi ressignificado pela comunidade trans que se apossa da palavra como forma política e de resistência. A travesti Sobre as dúvidas, na hora de se referir a uma pessoa travesti, a psicóloga Helena Liesegang esclarece que o correto é "a travesti". "É uma identidade feminina e uma palavra feminina. Ao usar 'o travesti', você está cometendo uma violência ao não respeitar a identidade dessas pessoas", diz a psicóloga. Para a publicitária de Brasília Pétala Corrêa, que é travesti, usar o pronome feminino é uma questão de respeito. "As pessoas 'cis', ao olharem um corpo trans, já entendem que aquela pessoa não é uma norma. O mínimo seria perguntar quais pronomes a pessoa prefere. Isso é um diferencial que gera uma sensação de ser vista e tem uma importância gigantesca. Ao ser respeitada por quem eu sou, sinto que pertenço ao mundo ou espaço que estou ocupando", diz Pétala. Pétala conta que lida com o preconceito ao ocupar espaços que antes "não eram para ela". Segundo a publicitária, "já temos políticas de integração em que nós podemos nos inserir no mercado de trabalho e ocupar espaços que sempre quisemos ocupar, mas que nos foram negados por muito tempo". Mas ela chama a atenção para a necessidade de políticas públicas que garantam a inclusão real. "O acolhimento social não parte apenas dos nossos gêneros, mas também de infraestrutura, educação, etnia, raça, sexualidade, neurodivergência, deficiências e questões de classe e acesso", afirma a publicitária. As mulheres trans G1 Explica: transição de gênero A cantora Erys Santos, de Brasília, é uma mulher trans que começou sua transição há 5 anos. Ela diz que ainda é preciso avançar muito no respeito à comunidade trans, mas ser tratada no feminino é acolher sua identidade. "É como se fosse uma afirmação de quem eu sou, de quem nós somos, de quem nós nascemos pra ser. Não é uma validação, porque a gente não precisa de validação de ninguém. Mas, quando você é abordada pelos pronomes femininos, isso dá uma sensação de pertencimento ao meu gênero, a quem eu sou", diz Erys. Veja dúvidas frequentes ⚧️ Pessoas trans usam hormônios? Sim. O tratamento para as mulheres trans é feito com o hormônio estradiol e para os homens trans é usada a com testosterona. Mas não necessariamente todas as pessoas trans tomam hormônios. O que é nome morto? É o termo utilizado para se referir ao nome pelo qual uma pessoa era chamada antes da sua transição. O que é disforia? É quando uma pessoa não se sente confortável com as características masculinas ou femininas do seu corpo. O que é uma pessoas cis? É uma pessoa que se identifica com o gênero atribuído no nascimento. LEIA TAMBÉM: DISFORIA DE GÊNERO: Veja relatos de pessoas trans que diziam não se reconhecer em seus próprios corpos 'SOU MÃE DE UMA CRIANÇA TRANS': Após adoção, professora do DF relata desafios para ajudar filha Jovens trans falam sobre processo de transição de gênero e preconceitos Leia outras notícias da região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2024/04/28/mulher-trans-ou-travesti-qual-a-diferenca.ghtml


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